Biohacking é uma ciência cidadã “faça-você-mesmo” que funde modificações corporais com tecnologia. Eletrônicos epidérmicos, biossensores e inteligência artificial vêm se convertendo como tecnologias de planos de saúde para monitorar pacientes de ponto de atendimento dentro de configurações virtuais. O crescente interesse da comunidade nessas novas tecnologias motivaram o questionamento da possibilidade de experimentar com tecnologias implantáveis.
Nas Olimpíadas de Tóquio, o atleta brasileiro de salto com vara Thiago Braz chamou a atenção por usar um desses sensores no braço. A assessoria de imprensa do atleta esclareceu que Braz não tem diabetes e utiliza o aparelho no braço esquerdo para monitorar o gasto energético durante as provas. Ele também usa o sensor para medir a glicose e saber quais alimentos estão oferecendo mais energia.
Implantes comerciais ou feitos em casa são comumente inseridos no corpo via agulhas hipodérmicas ou incisões cirúrgicas. Uma característica comum desses implantes é que estes são cobertos com uma camada que reduz a reação imune. Dentre os mais variados e diversos estilos e funcionalidades, alguns dispositivos são mais comumente difundidos entre os adeptos dessa tecnologia:
Ímãs de neodímio:
Uma vasta variedade de espécies da natureza é reconhecida por utilizar magnetorecepção para detectar orientação e navegação. Esses ímãs implantáveis foram desenvolvidos para uso in vivo. Eles permitem que o ser humano sinta forças eletromagnéticas por sensações táticas, assim como podem ser utilizados para ativar interruptores conectivos.
Chips RFID/NFC:
Tags RFID implantáveis são alimentadas por fontes de energia externas. De qualquer forma, implantes RFID ativos possuem baterias embutidas que se comunicam dentro de uma área de network corporal. Eles também possuem a habilidade de conexão virtual ou via bluetooth de forma contínua ou por comando à distância. Essa estrutura composta por circuitos, capacitores e uma antena encapsulada foi construída para identificar o histórico médico de pacientes inconscientes em situações de emergência.
Fontes de luz:
Materiais e dispositivos ópticos são subcutâneamente implantados com um propósito estético. Esse tipo de implante utiliza da decomposição do gás trítio que emite partículas β. Este efeito combinado com o elemento fósforo emite fótons que produzem um efeito radioluminescente. Aparelhos implantáveis de próxima geração podem oferecer baterias recarregáveis, reconhecimento tátil e conexão bluetooth.
Sensores implantáveis:
Sensores de temperatura são utilizados para medir a temperatura corporal por biohackers. Esse implante transfere dados de temperatura para aparelhos de leitura via conexão bluetooth. Os implantes podem ser projetados para mensurar outros parâmetros físicos e bioquímicos como a pressão arterial assim como biomarcadores em tempo real.
Os implantes que possuem revestimento anti-removente se fundem com o tecido subcutâneo para prevenir uma migração corporal do aparelho. Essa capa anti-migração consiste de uma cápsula porosa de polipropileno, o que promove o crescimento de fibrócitos e fibras de colágeno ao redor do aparelho. Implantes não-biocompatíveis podem ser rejeitadas ou começar a serem encapsuladas em densos tecidos fibrosos. Esses implantes também podem apresentar alto risco em caso de constante troca entre biohackers, o que pode levar à transmissão de microorganismos invasores.
As implicações da experimentação com implantes e o desenvolvimento de novas aplicações são imensas para toda a população. Biohacking também levanta questionamentos sobre os limites da privacidade quanto aos dados medicinais, além de abrir a possibilidade do uso criptografado desses mesmos dados em estoque. As motivações dos biohackers são alinhadas com planos de saúde que proporcionam a experiência de acesso ao paciente de sua própria área dados gerados por implante, ao qual é considerado proprietário pelos desenvolvedores desses dispositivos.
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